Poeta Francis Gomes

Uma homenagem a árvore tamboril na serra do Quncuncá Farias Brito CE

Tamboril Oh tu que é um impetuoso centenário O próprio Deus lançou tua semente a terra Quem teve a honra de te ver nascer? Para ser quase imortal no alto da serra Para testemunhar tempos de paz E sobreviver a tempos de guerra Para suportar a chuva e o frio do inverno Sobreviver a estiagem a seca, o verão Rejovenecido pelas chuvas de março O orvalho de maio, para reinar no sertão Florir na primavera de teus muitos anos Como um adolescente na primeira paixão Suas raízes robustas fincadas na terra Pulam para fora mostrando tua grandeza Servem de bancos para o viajantes descansarem E sustentarem a tua doce e selvagem beleza Os teus braços abertos acolhe a todos como filhos E te faz gigante pela própria naturezaQuantas pessoas viste passar nesta estrada! Quantas gerações viste nascer e envelhecer! Quantas crianças brincaram em tuas sombra E tu oh tamboril, viste nascer, envelhecer e até morrer Certamente eu morrerei e tu ficarás, mas estes versos As gerações saberão que te conheci quando os ler Quantas declarações e frases de amor em corações Estão cicatrizadas em teu tronco impetuoso De gerações em gerações testificando Que os anos só te fazem mais virtuoso És centenário desde minha meninice  Eu fico velho e você mais vigoroso Tudo és o velho e sempre novo tamboril  Impetuoso e rei na serra do Quincuncá Distrito de minha Farias Brito Antigamente chamado Quixará No extremo sul do meu estado Região do cariri no Ceará Francis Gomes

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De volta ao passado

Sozinho em meu quarto Viajando no tempo, voltei ao passado, Pra rever um filme que eu tinha na mente E por muito tempo ficou apagado. Puxei na memória, e liguei o play que estava parado, Revi as imagens de papai querido, E minha mãezinha chorando em meus braços. Imagens tão claras, Que até pareciam ser recentemente, Eu vi minha mãe em meus braços chorando Me aconselhando filho seja prudente. Não mate, não roube, Mas tenha cuidado com o que for fazer… Eu peço pra Deus que proteja você E peço a você  Não esqueça da gente. O meu velho pai que sempre foi duro até soluçava, Sua voz tremia enquanto me abraçava Com os olhos vermelhos, molhados de lágrimas. Olhei da janela pela ultima vez Eu vi meu cachorro, Que ficou latindo como me dizendo Você vai, eu morro. Abraçando meus pais não me segurei Comecei chorar. Prometi pra mim mesmo Perdendo ou vencendo Um dia eu vou voltar. Pra rever meu povo, papai e mamãe; Rever meu lugar. Até meu cachorro se ainda estiver vivo Quando um dia eu voltar. Então despertei abri os meus olhos para realidade. Num curto delírio viajando no tempo de tanta saudade. Papai e mamãe, a minha promessa ainda esta de pé, De um dia voltar pra rever vocês E o meu cachorro se vivo estiver. O tempo passou, muitas coisas mudaram, Mas não meu amor, Apesar da distância vocês estão comigo No lugar que eu for. Prepare minha rede Avise os amigos que eu vou voltar, Convide os parentes para estar presente Quando eu chegar. Papai e mamãe eu quero revê-los Poder abraçá-los, Matar a saudade que corta em meu peito E me faz chorar. Francis Gomes

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Reflexo do tempo

Vendo assim. Com estes olhos azuis Olhar sereno, semblante alegre E um sorriso estampado no rosto. A pele viçosa, sem rugas. Os lábios vermelhos Mostrando o vigor da idade E o frescor da juventude. Os longos cabelos pretos Soprados pelo vento e Os dois polegares levantados Indicando sinal de positivo. Vendo assim. Ninguém diria que

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Violentadores e violentadas

Às vezes eu me pergunto Qual é a graça que tem Um pilantra e safado Que não respeita ninguém Como quem quer e não quer Se aproveitar de uma mulher No ônibus metrô ou trem. Pergunto a este sujeito O que ele ia achar Se atrás dele tivesse Um tarado a se esfregar? Para este animal Seria isso normal? Será que ia gostar? Pergunto mais uma vez A esta mata sem trilha A esta luz apagada Estrela que nunca brilha. Se a mulher abusada Fosse sua namorada Irmã sua mãe ou filha? Responda pra você mesmo E nem responda pra mim. Qual seria a punição Para um sujeito assim? Porque pra mim este bicho Eu capo e jogo no lixo Se dane que achar ruim Francis Gomes

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Tempo

Não há marcas feitas pelo tempo Que o próprio tempo não apaga Não há nada que o tempo não leve Nem nada que o tempo não traga O tempo é senhor de si mesmo E de tempo em tempo se gaba Zombando do que é para sempre Porque o para sempre um dia acaba O

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Presentes

Eu não quero receber nem dar presente Fingir que sou amado ou amo alguém, Por causa de um dia de uma data De tradições e consumismo ser refém. Eu quero ser presente, estar presente Na vida de quem me quer assim também. Eu quero muito mais que um momento, Lembrar e ser lembrando o ano inteiro Ser livre para amar quem eu quiser E de um único amor ser prisioneiro Falar te amo como quem canta um hino Ou um louvor para um Deus verdadeiro. Quero alguém que ame sem limites E eu do mesmo modo a ame tanto, Que eu cause e sinta ciúmes Na medida certa, sem passar do ponto, Só pra lembrar que somos um do outro E o amor jamais perder o encanto. E quando chegarmos à velhice E nos lembrar de nossa juventude Da promessa de um ao outro ser fiel Na fortuna na doença e na saúde, Eu ter certeza de que ela me amou E eu a amei mais do que pude Francis Gomes 

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Declaração  silenciosa  Há tantas coisas que eu queria te falar E muitas outras que eu gostaria de ouvir Mas com palavras não consigo explicar Tudo o que você me faz sentir É por isso que às vezes eu me calo E sem palavras em silêncio te declamo Todas as vezes que te olho e nada falo Significa que estou dizendo: te amo. Francis Gomes

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