Pai e filho   Pai, a onde for estarei contigoE a onde eu estiver estarás comigoEis meu espelho eu sou o seuPorque foi Deus que quis assimPois  é o teu sangue que corre em mimE em minhas veias correm o teu   Pelas estradas que sempre trilhoTenho orgulho de ser seu filhoE uma esperança […]

  Ser sozinho   Como é triste ser sozinho…Andarilho sem amor,Uma estrela solitária, Que não dá seu resplendor,É como um corpo sem alma,Um espírito sem senhor.   Forasteiro sem ter casaFugitivo sem razão,Implorando ao vento um beijoE um carinho à solidão, Suplicando à noite um sonho,E ao sonho uma paixão.   Mas, como é triste ser sozinho…Pelo

  Eu gostaria   Eu gostaria de não te desejar Com esta intensidade que desejo Eu gostaria de sentir em outra boca O mesmo que sinto quando te beijo Mas nada se compara a você Nada me faz te esquecer E olha que me esforço, tento, pelejo   Eu gostaria de sentir em outros toques

    Cheque mate   Se as carícias não excitam Os toques não arrepiam Nem causa tesão os beijos É fazer amor por fazer Fingir que sente prazer Por quem não sente desejos   Isso não tem nada a ver Em ter dinheiro ou não ter Mas com química, pele, sentimento Se não for bom

  Esta tua pele negra Cor de achocolatado Estes teus lábios carnudos Vermelhos amorangados Me enche de desejos De morder e provar teus beijos Úmido, quente apimentado   Teus seios parecem trufas Com cerejas decorados Me arrepio pensando Com que estão recheados Talvez recheios de licor Ambos da mesma cor Como bombons trufados   Teu

  Estrias   É um poema que o tempo escreve em braile Para revelar mistérios e segredos em detalhe Escritos no corpo de uma mulher Suas lutas, vitórias, suas glórias e dores Suas paixões vividas e seus amores Porem poucos leitores sabem ler   Não tem  sensibilidade nas mãos Desatento, inexperiente, não tem noção Não

  Família de faladores     Somos em vinte irmãos Cada qual com seus valores Dez mulheres fuxiqueiras E dez homens faladores.   Já começa por mamãe Sempre fala de papai Papai fala de mamãe E assim por de ante vai   Rute fala de Lurdes, Lurdes fala de Luzia Luzia fala de Tonha, Tonha

 Estrutura poética, como deve ser. Minha poesia Minha poesia não tem, fineza alguma Nem técnica nenhuma, pra ser estudada Mas tem a bravura, do homem da roça Nasceu na palhoça, mas é educada. É simples singela, até na estética Não segue uma métrica, de versificação São versos brancos, soltos sem ritmo Muito barbarismo, e também

  Mulheres cearenses   Tem mulheres, Que cruzam nosso caminho Como fosse um vendaval. Tem mulheres, Que nos olha de um jeito Que a gente passa mal.   Tem mulheres, Que basta sorrir pra gente Pra causar um frenesim. As mulheres cearenses Quando querem conquistar São mesmo assim.   Tem mulheres, Que dá água na