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  De repente o concreto vira pó     A morte é traiçoeira, não avisa E o tempo é duro, não volta atrás Então cuidado com o que você diz E com as coisas que você faz Não se calcula o valor de um sorriso Nem tão pouco qual o prejuízo Que a dor de

  Muitos mundos, a mesma alma   A minha casa fica em um morro, com belas visões Mas, há outras casas em morros mais altos. Mas eu sou poeta, e como poeta observador que sou Vejo coisas que não veem os que moram em morros mais altos   Vejo o por do sol que se

  Sem valor     Dizem que eu sou um verbo Que não exprime coisa nenhuma Sem tempo nem modo para ser conjugado Voz que não expressa ação alguma. Uma oração que alguém analisa Mas coisa que aproveita não encontra uma.   Um sujeito sem predicado Substantivo simples sem adjetivos, Preposição que ninguém usa Artigo

  Menino aos quarenta anos     Aborrecido e triste Com o pensamento a esmo Perguntando para mim mesmo Porque a velhice existe. Como a resposta não vinha Ali mesmo na cozinha Eu comecei a dormir Então sonhei que o céu Se transformava em um véu E começava se abrir   Eu vi um homem

 Escorpião Diz que Escorpião É o signo da paixão E goteja sensualidade Dizem que adora sexo É genioso, intenso, complexo Mas vive com intensidade Dizem que em suas relações É um poço de emoções Em tudo que vai fazer Vive intensamente E dizem que loucamente Faz tudo pelo prazer Dizem que morre de ciúme Porém

 Você é chama eu sou lenha Eu poderia te descrever os meus desejos De forma tão intensa tão explícita De como desejo ler teu corpo Como um poema que o próprio autor recita Mas prefiro viver este momento lúdico E quando você sentir o teu corpo lúbrico Saberás o quanto te excito e você me